sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Saudades de escrever



No início da faculdade de jornalismo nós nos empolgamos e escrevemos feito loucos , depois de algum tempo de curso vem as matérias práticas , foto , tele e a nossa escrita literária vai ficando de lado.
Mas ninguém deveria deixar de escrever... Um poema, uma música, um diário, tudo isso é válido e nos ajuda a  dividir tudo aquilo que sentimos com alguém que não nos julga. Só escuta, esse alguém tão compreensivo é o papel, ou na era em que vivemos o teclado do computador.
Em momentos de angústia ou de “tempestade de idéias” eles podem ser bons aliados, tranqüilizantes melhores que um diazepan. E o que somos nós? O que é a nossa vida?
Hoje acordei com saudades de escrever, saudades de pessoas que não fazem mais parte do meu convívio diário. E que me fazem falta. Penso na existência, no que nos faz seres humanos melhores ou piores. No que a nossa vida e o  destino fazem com a gente. E em um segundo tudo muda, as pessoas morrem e nascem e a vida vai nos deixando marcas , vai nós moldando.
Uma caneca de café,  boa música e saudade.  Um adeus no aeroporto, até logo, eu te amo. Insignificantes pra quem lê? Pode ser sim, mas não pra quem já passou. Pra quem sentiu e não vai ser igual nunca. Pois tudo que somos, somos desde o dia do nosso nascimento. Mais fortes ou fracos desde o dia em que nos jogamos na piscina e demos as primeiras batidas de pernas e braços. Mais fortes quando deixamos nossas mães passar álcool nos nossos ferimentos. Dengosos pelas noites em eles ficaram acordados nos acalmando. Diferentes pelas nossas experiências e decepções.
Percebo que o que nos move é o amor, amor pelas pessoas.





 


sábado, 13 de fevereiro de 2010

Coisa de Criança

Graças a Deus a curiosidade matou o gato, não as crianças, elas são tão curiosas e têm fases que estão no ápice da vontade de aprender, perguntam tudo, querem o máximo de informações que conseguem armazenar nos seus pequeninos cérebros.
Luís não foge a exceção, um belo dia chega ao quarto dos pais gritando:
- Papai, Papai, tem uma mulher na sala tentando matar a mamãe!
O pai não entende nada, e não dá muita importância ao que o garotinho está falando. Luis sai, dá várias voltas na sala e volta aflito, suando frio. Vendo o estado do menino, o pai resolve dar um pouco mais de atenção e questiona:
- Mas quem tá querendo matar sua mãe?
- Uma mulher
- Mas que mulher Luizinho?
- A mulher de cabelo loiro
-È a amiga da mamãe, meu filho, o que ela esta fazendo?
- Ela ta na sala com uma arma preta e grande, ta saindo fumaça, uma zoada e ta puxando o cabelo da mamãe com uma escova.
Logo o pai entende que a assassina é a cabeleireira e a sua arma tão grande é o secador.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Encantada


Bom, vamos falar de relacionamentos, digamos que não sou a mais experiente, muito menos expert no assunto, mas a convivência com pessoas mais velhas me fez sair do meu mundo Encantado para cair na realidade nua e crua, é claro que as comedias românticas me fizeram aprender muito também, sou fascinada por romantismo, principalmente com uma pitadinha de comedia e muita emoção até que o casal apaixonado fique junto.
Depois de assistir o filme Encantada, fiquei encantada e com vontade de viver um amor como aquele, que salva até da morte, o amor verdadeiro, o beijo verdadeiro, um príncipe encantado.
Algumas meninas tentam negar para si a procura por esse ser idealizado, hipocrisia, todas elas sonham. Mesmo que ele não venha de cavalo branco, é muito comum, mas poderia ser numa Ferrari vermelha.
Na hora de nos identificar tentamos encontrar nele as maiores qualidades, se o namorado não for só escolhido pela primeira impressão, a da beleza, se tem grandes chances. O segundo passo é realmente saber se ele quer se envolver com você, ninguém pode começar e muito menos levar um namoro a frente sozinho, minhas colegas, não se apressem, isso só vai te deixar afobada e vai te fazer meter os pés pelas mãos. Sejam pacientes , quando ele realmente quiser falar com você vai te ligar, se não tiver seu numero isso dificulta bastante o seu lado. Não fique desesperada entrando e saindo do MSN de cinco em cinco segundos para que ele te note, os efeitos são mínimos e a sua exposição é enorme.
Não mande muitas mensagens de texto, tudo tem que ser medido e cronometrado , o jogo começou , vá em frente, tenha encontros como os de filme, mostre- se todo o tempo, ou, ele pode alegar propaganda enganosa e até peça com defeito, a devolução nessa fase é algo deprimente, você vai tentar rever todos os seus gestos, atitudes, palavras e pode não encontrar o tal motivo.
Eles, meros mortais, ainda não aprenderam que mulher não gosta de sofrer, mas sim de amor, muito amor, na medida certa, os grudentos não têm muita vez nesse comecinho. Não se pode cobrar ainda, mas não fique nervosa, se ele realmente estiver afim de você, vai te pedir em namoro, e vocês vão ser... Felizes...
Não podemos afirmar o tempo, sou uma mera escritora, infelizmente as bolas de cristal não funcionam na realidade , dê valor a quem merece , seja justa e procure a melhor forma de transformá-lo em príncipe, ou ele pode ser um sapo. Só não pode deixar de acreditar no seu conto de fadas, porque não deu certo. O sempre tanto poda acabar como se tornar infinito.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Descrição

Ana, menina de beleza incomparável e olhar triste, características bem oposta. Todos tentavam descobrir o porquê de ela ser tão fechada e tentar se mostrar a mais forte na maior parte do tempo, era madura em casa, mas ao mesmo tempo se mostrava rebelde, chorava escondido no quarto, o travesseiro e as portas eram quem mais sofria com sua ira.
Um jogo de opostos era a melhor definição pra sua personalidade, forte e sensível. Seu maior medo era a perda, perder realmente não é fácil, principalmente quando se ama, tinha problemas com rejeição, é claro que não deixava isso transparecer e por incrível que pareça ninguém nunca notou os seus pontos fracos e as suas inseguranças, ela havia se tornado uma muralha de pedra, uma muralha de concreto, uma muralha da china.
Era aluna do ensino médio, e uma das atividades propostas pelo seu professor foi uma declaração em forma de descrição, todas as suas colegas escreveram sobre namoradinhos, paqueras, etc. A descrição de Ana chamou muito a atenção de seu professor Eduardo, que era uma figura muito respeitada e admirada por ela.
O professor ficou emocionado com as palavras escritas naquele papel pardo, que tinham exatamente essas letras:

“Um homem, lindo, forte, protetor, amigo, conselheiro, presente em todos os momentos essenciais de minha vida. Acompanhou meu nascimento, meus primeiros passos, minhas doenças, me deu carinho, me educou e castigou quando necessário.

Viajamos juntos, fizemos passeios, almoçamos , tomamos café e até dormir ele dormiu comigo. Me ninou quando ainda era bebê , fez minhas maiores vontades de pré- adolescente.
Infelizmente no décimo segundo ano dessa convivência linda e harmoniosa a vida nos preparava uma triste surpresa e ele me deixou não por querer, mais por que Deus resolveu chamá-lo.
Foi muito difícil tentar aprender a viver sem a presença dele sem seus abraços, beijos e carinho.
Apesar de tudo ele nunca deixou de fazer parte de mim afinal tenho 23 cromossomos dele e seu DNA é presente em mim.
O que ficou foi a falta, a saudade, as boas lembranças. Os momentos juntos são eternos e infinitos.
Pai te amo!E nunca me esquecerei de você!”

A cada frase lida pelo professor as lagrimas corriam pelo seu rosto, tudo aquilo era tão intenso vindo de uma menininha tão nova e indefesa, sentiu um aperto no coração e quando começou a refletir pode entender que por trás de beleza existe sofrimento, Ana era uma linda rosa com espinhos e a vida a fez assim.


sábado, 24 de outubro de 2009

Eu e o jornalismo

Muito difícil escrever sobre si, principalmente, quando será avaliado por uma pessoa com vasta experiência e com um poder de crítica aguçado.
A minha história com o jornalismo não tem muito dessas lições de vida e histórias sofridas. Resolvi estudar jornalismo aos treze anos, um pouco pela influência do meu “Pai – herói”. Ele adorava ler e assistir jornais, eu acabava assistindo junto e percebia a grande admiração que ele tinha pela profissão. Ver os ícones do telejornalismo, uma fonte de inspiração. Ser como a Fátima Bernardes? Um sonho.
Aos treze também fiz o meu primeiro teste vocacional, que confirmou. Apesar de gostar muito de moda e turismo, o jornalismo sempre estava na minha primeira opção. Desde então, tracei a minha meta, mas muitos não levaram a sério os anseios de uma adolescente em fase de “descobrimento” do que realmente é a vida. Os anos se passaram e a minha vontade só aumentava. Mas não foi tão fácil assim, tive que aprender na prática que nem sempre conseguimos as coisas na hora que queremos. No meu caso foi não ser aprovada no vestibular, quanta decepção pra uma garota recém saída do ensino médio. Tive que ir para o cursinho e mais uma reprovação veio no final do ano. Nas universidades particulares sempre obtive êxito, já as federais tornaram – se meu carma particular. Tudo isso me deu força, vontade pra continuar, me dedicar e superar. E não é que hoje, estou aqui, escrevendo meu primeiro texto no curso de comunicação social na Universidade Federal do Recôncavo!?
Não vou negar que pensei que a minha história terminaria na interrogação acima. Puro engano, pra quem imaginava que dificuldade seria ver seu nome numa lista de aprovados. Na verdade, não imaginei o que estava por vir. Começar a amadurecer? Que coisa difícil.
Passada a euforia e a histeria trazidas pela felicidade de então poder estudar jornalismo, veio uma dose dupla de realidade. Deixar a casa, o conforto, a presença e a assistência que a família te dá vinte e quatro horas. Ir pra uma cidade do interior, pacata, enquanto você está acostumada a movimento e ao barulho.
Entrar numa casa nova, num quarto novo e dentro dela um fator surpresa: duas moradoras antes antipatizadas por você mesma. Quanta dificuldade em quebrar as suas primeiras impressões e conviver bem com elas.
Moldar o gênio, a personalidade e as atitudes. È como se você fosse a mesma coisa, mas com todas as emoções contidas, e isso não é ser a mesma pessoa.Mas sim , uma pessoa angustiada e prestes a ter um surto.
Quanta felicidade ao arrumar a mala e pegar o primeiro ônibus antes das doze horas, horário em que termina a aula na sexta. Uma viagem desconfortável e um tanto quente no sentido literal da coisa, mas isso não abala o bom - humor e a felicidade de estar indo para sua casa verdadeira, aquela em que tudo é familiar, e todo domingo acaba sendo o mais solitário e melancólico, e lá estava eu voltando a contar os dias para estar de volta antes mesmo de ter ido. O meu primeiro mês foi assim. Uma enorme quantidade de sentimentos, misturados e dificilmente entendidos por mim. Pensei até em procurar um psicólogo, por que não? Ele poderia me ajudar a me tornar uma pessoa mais maleável, menos difícil de conviver.
Em dois meses longe é como se tivesse envelhecido um ano, assustador.
A Universidade é algo indescritível, um lugar onde você encontra praticamente de tudo, nossa, o quão assustador é isso. Geralmente, não estamos acostumados a lidar com estilos de pessoas muito diferentes e tão próximas. São pessoas mais velhas, mais novas, de outras cidades, com outros estilos de vida e criações. Você encontra desde s dedicadas, até pessoas que reservam grande parte do seu tempo para o uso de drogas. Há os que viram intelectuais, os frustrados e os descomprometidos. Por estarmos na maioria, longes de casa, nos sentimos a vontade para mostrar o que realmente somos. Não deixando de ser um lugar onde você troca experiência, desde o professor até o seu colega de classe.
No curso, estamos em constante debate. Futuros formadores de opiniões, tentamos convencer os colegas de que a nossa opinião é a mais plausível e pertinente. Esse é um ponto positivo, se descobre diversos modos de enxergar uma coisa que antes parecia não ter como ser explorada e discutida. Onde você é cobrado, criticado e impulsionado a se tornar um bom profissional no futuro. È claro que não existem mais as máscaras com as quais convivemos na época da escola, você não é mais super protegido e não tem um aparato de mãe, professores e coordenadores. Se aparece algum problema, tem que resolver sozinha. As criticas eram mínimas, afinal, não havia dedicação exclusiva a nada. Uma época de se identificar, passado isso, deduz que se tornou uma mulher e a partir desse momento tem que trazer as responsabilidades para si. Tudo muito direto e objetivo.
Sonhos foram deixados para trás, mas ao mesmo tempo outros sonhos são construídos. Hoje eu penso em ser jornalista de moda, e até me imagino cobrindo um São Paulo Fashion Week, numa viagem a Nova York, Paris, Milão. Ou sendo uma apresentadora de telejornais. Tenho consciência do quanto é difícil chegar a esse patamar e do quanto você tem que se dedicar pra colocar em prática o que se anseia.
Mas acho que não é impossível e isso me dá mais abertura pra ser uma pessoa sonhadora e que não vai se contentar com a mediocridade.
Já pensei sim em desistir do jornalismo e fazer direito, mas nesse determinado momento estava apenas escutando as pessoas do meu círculo, diário familiar e de amigos. Não sou uma pessoa facilmente influenciável, mas há a questão de que o direito traria um retorno financeiro mais rápido. Devia pensar nessa possibilidade.
O âmago do meu ser me confirmava a cada reflexão que eu, hoje, tomei a decisão mais feliz e acertada. Não tenho vocação nem desejo de ser outra coisa que não seja uma jornalista.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O título

A maior virtude ou defeito de um jornalista deve ser apertar a tecla “delete” do seu computador, o meu super amigo Word, sofre tanto, trabalha horas por dia, às vezes para ter como resultado um parágrafo, ou nada. È assim, sinto que a maioria das pessoas com quem convivo na faculdade, passa pelas mesmas dificuldades que eu, nunca achamos que nosso texto esta bom, nunca estamos satisfeitas com o resultado final. Ah! Como sofrem os nossos dedinhos, eles são quem realmente sentem a dor de escrever, escrever e não gostar de nada. Foi assim, tentando encontrar uma forma de explicar o título do meu blog para vocês que cheguei a essa conclusão extraordinária.
Voltando a essência do porque comecei a redigir esse texto, no meu título tentei ser o mais sincera e transparente possível, mostrei os meus opostos, as minhas manias, tudo muito subentendido, acho que um psicólogo o decifraria facilmente, não que vocês não tenham inteligência suficiente pra isso, mas eles passam anos nas universidades tentando aprender a nos decifrar , será que conseguem? Isso não importa muito agora.
Falemos da caneta, um objeto simples utilizado para escrever, mas o real significado pra mim é a ligação que tem com o meu sonho, a profissão escolhida, o jornalismo, um bom profissional precisa escrever bem , usar as palavras de maneira sábia. Acho que não sou boa o suficiente, ainda. Espero um dia ser, afinal , escrevo melhor do que falo , imagine se eu escrever mal? Seria um desastre.
O blush mostra o meu lado mulher, vaidoso, feminino, com o qual eu tenho uma ligação forte.
Sei transitar bem entre a caneta e o blush !

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sem identificação.

LITERÁRIO? Relativo à literatura. Literatura? Arte de produzir obras em prosa ou verbo. Foi assim, pesquisando no dicionário, que comecei a minha exaustiva procura por um nome que desse sentido a minha proposta.
Não pense que entrei no site em que se criam Blog’s com a certeza e confiança que posso estar lhes passando agora, foram momentos de apuros, de crise, onde a minha amiga criatividade resolveu fugir, desligar o telefone celular e nem mesmo entrar no msn pra dar um oizinho e me trazer a experiência da irmã mais velha dela : a inspiração.
Muitas vezes quando estou mergulhada em pensamentos profundos, confusos e sem muita lógica elas vêm me fazer uma visitinha, às vezes passamos horas discutindo sobre os assuntos mais variados e interessantes, outras vezes, tenho um feed.back tão rápido que parece que os meus neurônios não realizaram os pulsos nervosos e as sinapses e entraram numa ligação direta entre o ouvir, compreender e criar. Infelizmente, nada disso aconteceu hoje, estava tão nervosa e desesperada que elas ficaram com medo de uma exploração e por isso resolveram me abandonar nessa hora de abstinência de pensamentos produtivos. Tentando estudar um pouco sobre Descartes, chego a ficar emocionada no quanto ele sofreu pra chegar a conclusão do “Penso, Logo existo”, mas será que todas as pessoas que existem conseguem pensar de maneira que faça jus ao sofrimento do nosso conhecido filosofo ? Logo, me senti invisível. Um ser inexistente.
Um nome? Cheguei a lembrar da música que toca no comercial sobre certidões de nascimento “Eu sou Maria, eu sou João...”, minha mente fugia para todos os lugares, escapava, não queria se desgastar, preferia que algo de fora, algo abstrato ou desconhecido que a ajudasse, mas parece que até os coleguinhas marcianos negaram o pedido de ajuda que partia do âmago do meu ser. Sei que fui um tanto dramática, assumo. Mas o que seria da história da humanidade sem o drama? As mulheres não seriam mulheres, as crianças não conseguiriam dobrar os seus pais, fora de cogitação abandonar o drama, ao menos hoje, ao menos nesse texto.
Seria quase uma tortura chinesa com vocês que passam a me conhecer agora. Escrevi várias linhas, inspirei-me a escrevê-las, mas não consegui encontrar, então, o nome para o meu blog. Serei breve em meu recado ,mas quando virem esse texto,fiquem felizes por mim , eu já terei conseguido o nome.