sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Saudades de escrever



No início da faculdade de jornalismo nós nos empolgamos e escrevemos feito loucos , depois de algum tempo de curso vem as matérias práticas , foto , tele e a nossa escrita literária vai ficando de lado.
Mas ninguém deveria deixar de escrever... Um poema, uma música, um diário, tudo isso é válido e nos ajuda a  dividir tudo aquilo que sentimos com alguém que não nos julga. Só escuta, esse alguém tão compreensivo é o papel, ou na era em que vivemos o teclado do computador.
Em momentos de angústia ou de “tempestade de idéias” eles podem ser bons aliados, tranqüilizantes melhores que um diazepan. E o que somos nós? O que é a nossa vida?
Hoje acordei com saudades de escrever, saudades de pessoas que não fazem mais parte do meu convívio diário. E que me fazem falta. Penso na existência, no que nos faz seres humanos melhores ou piores. No que a nossa vida e o  destino fazem com a gente. E em um segundo tudo muda, as pessoas morrem e nascem e a vida vai nos deixando marcas , vai nós moldando.
Uma caneca de café,  boa música e saudade.  Um adeus no aeroporto, até logo, eu te amo. Insignificantes pra quem lê? Pode ser sim, mas não pra quem já passou. Pra quem sentiu e não vai ser igual nunca. Pois tudo que somos, somos desde o dia do nosso nascimento. Mais fortes ou fracos desde o dia em que nos jogamos na piscina e demos as primeiras batidas de pernas e braços. Mais fortes quando deixamos nossas mães passar álcool nos nossos ferimentos. Dengosos pelas noites em eles ficaram acordados nos acalmando. Diferentes pelas nossas experiências e decepções.
Percebo que o que nos move é o amor, amor pelas pessoas.