sábado, 24 de outubro de 2009

Eu e o jornalismo

Muito difícil escrever sobre si, principalmente, quando será avaliado por uma pessoa com vasta experiência e com um poder de crítica aguçado.
A minha história com o jornalismo não tem muito dessas lições de vida e histórias sofridas. Resolvi estudar jornalismo aos treze anos, um pouco pela influência do meu “Pai – herói”. Ele adorava ler e assistir jornais, eu acabava assistindo junto e percebia a grande admiração que ele tinha pela profissão. Ver os ícones do telejornalismo, uma fonte de inspiração. Ser como a Fátima Bernardes? Um sonho.
Aos treze também fiz o meu primeiro teste vocacional, que confirmou. Apesar de gostar muito de moda e turismo, o jornalismo sempre estava na minha primeira opção. Desde então, tracei a minha meta, mas muitos não levaram a sério os anseios de uma adolescente em fase de “descobrimento” do que realmente é a vida. Os anos se passaram e a minha vontade só aumentava. Mas não foi tão fácil assim, tive que aprender na prática que nem sempre conseguimos as coisas na hora que queremos. No meu caso foi não ser aprovada no vestibular, quanta decepção pra uma garota recém saída do ensino médio. Tive que ir para o cursinho e mais uma reprovação veio no final do ano. Nas universidades particulares sempre obtive êxito, já as federais tornaram – se meu carma particular. Tudo isso me deu força, vontade pra continuar, me dedicar e superar. E não é que hoje, estou aqui, escrevendo meu primeiro texto no curso de comunicação social na Universidade Federal do Recôncavo!?
Não vou negar que pensei que a minha história terminaria na interrogação acima. Puro engano, pra quem imaginava que dificuldade seria ver seu nome numa lista de aprovados. Na verdade, não imaginei o que estava por vir. Começar a amadurecer? Que coisa difícil.
Passada a euforia e a histeria trazidas pela felicidade de então poder estudar jornalismo, veio uma dose dupla de realidade. Deixar a casa, o conforto, a presença e a assistência que a família te dá vinte e quatro horas. Ir pra uma cidade do interior, pacata, enquanto você está acostumada a movimento e ao barulho.
Entrar numa casa nova, num quarto novo e dentro dela um fator surpresa: duas moradoras antes antipatizadas por você mesma. Quanta dificuldade em quebrar as suas primeiras impressões e conviver bem com elas.
Moldar o gênio, a personalidade e as atitudes. È como se você fosse a mesma coisa, mas com todas as emoções contidas, e isso não é ser a mesma pessoa.Mas sim , uma pessoa angustiada e prestes a ter um surto.
Quanta felicidade ao arrumar a mala e pegar o primeiro ônibus antes das doze horas, horário em que termina a aula na sexta. Uma viagem desconfortável e um tanto quente no sentido literal da coisa, mas isso não abala o bom - humor e a felicidade de estar indo para sua casa verdadeira, aquela em que tudo é familiar, e todo domingo acaba sendo o mais solitário e melancólico, e lá estava eu voltando a contar os dias para estar de volta antes mesmo de ter ido. O meu primeiro mês foi assim. Uma enorme quantidade de sentimentos, misturados e dificilmente entendidos por mim. Pensei até em procurar um psicólogo, por que não? Ele poderia me ajudar a me tornar uma pessoa mais maleável, menos difícil de conviver.
Em dois meses longe é como se tivesse envelhecido um ano, assustador.
A Universidade é algo indescritível, um lugar onde você encontra praticamente de tudo, nossa, o quão assustador é isso. Geralmente, não estamos acostumados a lidar com estilos de pessoas muito diferentes e tão próximas. São pessoas mais velhas, mais novas, de outras cidades, com outros estilos de vida e criações. Você encontra desde s dedicadas, até pessoas que reservam grande parte do seu tempo para o uso de drogas. Há os que viram intelectuais, os frustrados e os descomprometidos. Por estarmos na maioria, longes de casa, nos sentimos a vontade para mostrar o que realmente somos. Não deixando de ser um lugar onde você troca experiência, desde o professor até o seu colega de classe.
No curso, estamos em constante debate. Futuros formadores de opiniões, tentamos convencer os colegas de que a nossa opinião é a mais plausível e pertinente. Esse é um ponto positivo, se descobre diversos modos de enxergar uma coisa que antes parecia não ter como ser explorada e discutida. Onde você é cobrado, criticado e impulsionado a se tornar um bom profissional no futuro. È claro que não existem mais as máscaras com as quais convivemos na época da escola, você não é mais super protegido e não tem um aparato de mãe, professores e coordenadores. Se aparece algum problema, tem que resolver sozinha. As criticas eram mínimas, afinal, não havia dedicação exclusiva a nada. Uma época de se identificar, passado isso, deduz que se tornou uma mulher e a partir desse momento tem que trazer as responsabilidades para si. Tudo muito direto e objetivo.
Sonhos foram deixados para trás, mas ao mesmo tempo outros sonhos são construídos. Hoje eu penso em ser jornalista de moda, e até me imagino cobrindo um São Paulo Fashion Week, numa viagem a Nova York, Paris, Milão. Ou sendo uma apresentadora de telejornais. Tenho consciência do quanto é difícil chegar a esse patamar e do quanto você tem que se dedicar pra colocar em prática o que se anseia.
Mas acho que não é impossível e isso me dá mais abertura pra ser uma pessoa sonhadora e que não vai se contentar com a mediocridade.
Já pensei sim em desistir do jornalismo e fazer direito, mas nesse determinado momento estava apenas escutando as pessoas do meu círculo, diário familiar e de amigos. Não sou uma pessoa facilmente influenciável, mas há a questão de que o direito traria um retorno financeiro mais rápido. Devia pensar nessa possibilidade.
O âmago do meu ser me confirmava a cada reflexão que eu, hoje, tomei a decisão mais feliz e acertada. Não tenho vocação nem desejo de ser outra coisa que não seja uma jornalista.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O título

A maior virtude ou defeito de um jornalista deve ser apertar a tecla “delete” do seu computador, o meu super amigo Word, sofre tanto, trabalha horas por dia, às vezes para ter como resultado um parágrafo, ou nada. È assim, sinto que a maioria das pessoas com quem convivo na faculdade, passa pelas mesmas dificuldades que eu, nunca achamos que nosso texto esta bom, nunca estamos satisfeitas com o resultado final. Ah! Como sofrem os nossos dedinhos, eles são quem realmente sentem a dor de escrever, escrever e não gostar de nada. Foi assim, tentando encontrar uma forma de explicar o título do meu blog para vocês que cheguei a essa conclusão extraordinária.
Voltando a essência do porque comecei a redigir esse texto, no meu título tentei ser o mais sincera e transparente possível, mostrei os meus opostos, as minhas manias, tudo muito subentendido, acho que um psicólogo o decifraria facilmente, não que vocês não tenham inteligência suficiente pra isso, mas eles passam anos nas universidades tentando aprender a nos decifrar , será que conseguem? Isso não importa muito agora.
Falemos da caneta, um objeto simples utilizado para escrever, mas o real significado pra mim é a ligação que tem com o meu sonho, a profissão escolhida, o jornalismo, um bom profissional precisa escrever bem , usar as palavras de maneira sábia. Acho que não sou boa o suficiente, ainda. Espero um dia ser, afinal , escrevo melhor do que falo , imagine se eu escrever mal? Seria um desastre.
O blush mostra o meu lado mulher, vaidoso, feminino, com o qual eu tenho uma ligação forte.
Sei transitar bem entre a caneta e o blush !

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sem identificação.

LITERÁRIO? Relativo à literatura. Literatura? Arte de produzir obras em prosa ou verbo. Foi assim, pesquisando no dicionário, que comecei a minha exaustiva procura por um nome que desse sentido a minha proposta.
Não pense que entrei no site em que se criam Blog’s com a certeza e confiança que posso estar lhes passando agora, foram momentos de apuros, de crise, onde a minha amiga criatividade resolveu fugir, desligar o telefone celular e nem mesmo entrar no msn pra dar um oizinho e me trazer a experiência da irmã mais velha dela : a inspiração.
Muitas vezes quando estou mergulhada em pensamentos profundos, confusos e sem muita lógica elas vêm me fazer uma visitinha, às vezes passamos horas discutindo sobre os assuntos mais variados e interessantes, outras vezes, tenho um feed.back tão rápido que parece que os meus neurônios não realizaram os pulsos nervosos e as sinapses e entraram numa ligação direta entre o ouvir, compreender e criar. Infelizmente, nada disso aconteceu hoje, estava tão nervosa e desesperada que elas ficaram com medo de uma exploração e por isso resolveram me abandonar nessa hora de abstinência de pensamentos produtivos. Tentando estudar um pouco sobre Descartes, chego a ficar emocionada no quanto ele sofreu pra chegar a conclusão do “Penso, Logo existo”, mas será que todas as pessoas que existem conseguem pensar de maneira que faça jus ao sofrimento do nosso conhecido filosofo ? Logo, me senti invisível. Um ser inexistente.
Um nome? Cheguei a lembrar da música que toca no comercial sobre certidões de nascimento “Eu sou Maria, eu sou João...”, minha mente fugia para todos os lugares, escapava, não queria se desgastar, preferia que algo de fora, algo abstrato ou desconhecido que a ajudasse, mas parece que até os coleguinhas marcianos negaram o pedido de ajuda que partia do âmago do meu ser. Sei que fui um tanto dramática, assumo. Mas o que seria da história da humanidade sem o drama? As mulheres não seriam mulheres, as crianças não conseguiriam dobrar os seus pais, fora de cogitação abandonar o drama, ao menos hoje, ao menos nesse texto.
Seria quase uma tortura chinesa com vocês que passam a me conhecer agora. Escrevi várias linhas, inspirei-me a escrevê-las, mas não consegui encontrar, então, o nome para o meu blog. Serei breve em meu recado ,mas quando virem esse texto,fiquem felizes por mim , eu já terei conseguido o nome.